sábado, 16 de julho de 2011

Spleen

Lutando contra algo sem motivo algum
Esquecendo o que deveria ser lembrado
E lembrando o que deveria ter da mente obliterado
Correndo atordoado para lugar nenhum

As gotas do meu sangue caem no caos do oceano
Como a areia cai de grão em grão dentro da ampulheta
O tempo não passa, seu efeito é inamovível e não me afeta
As ideias vão se acabando, o mundo parecendo tão leviano

Até mesmo minha razão blindada
Se apaga de vez em quando, e como um templo em chamas arde!
Agarro-me a um pequeno fio vermelho antes que seja tarde
E a noite se agarra em mim em sua forma alada

Acordado durante o luar silencioso
E dormindo sob o sol enganoso
Me rendo ao gosto do ópio caleidoscópico
Que mesmo ausente cumpre um papel psicotrópico

Os fatos torcem-se e repuxam-se
Espiralados em confusão e seguem dançantes
Estou cansado, dores no corpo e na alma sacolejantes
Não sonho mais, apenas na cama inertemente acanho-me!

Em horas menos graves me agarro em futilidades
As horas se tornam impropícias e improdutivas
Hei de me afogar em atitudes adolescentes e imperativas
Jamais vou me entregar ao gosto da trivialidade!

By: Bruno

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