domingo, 30 de maio de 2010

Gestos insensíveis tocam minha alma
como a brisa cortante do mar
respondo com pouca pretensão,
pois nada costuma me fazer importar.
Com estas atitudes impróprias chama minha
atenção e de uma maneira idiótica caio,
preso nesta situação que criara,
como uma gaiola, que prende um pássaro a seu dono.
O pesar de suas ações chega a incomodar,
mas acabo aceitando com a leve incerteza
de nada ganhar com isso.

Olhares mistos de curiosidade e interesse
Seu ar sem sentido
entrelaça em minha confusão
fazendo minha cabeça girar
estou preso em uma espiral de sentimentos idealizados
e meramente faço de você,
uma ponte entre essa realidade manchada,
e o meu mundo.

By: Bruno e Gean
Não há nada além do esquecimento eterno, para aqueles que se autocondenaram.

domingo, 16 de maio de 2010

Tudo o que desejamos vira lixo quando tocamos
entre essa realidade e o meu ideal
há apenas o desejo de realizar
as façanhas de um coração manchado
nem saberei por onde começar
mas a ganância pulsa junto com a escuridão neste coração...
Será que gostarei desse novo eu que surgirá
qual será o próximo desejo quando este se tornar um lixo?

By Bruno

sábado, 15 de maio de 2010

Kouga Ninpou Chou - Abertura do Basilisk

O acúmolo de nuvens enconbre
a noite na qual a lua minguante ligeiramente oscila.
A armadilha cruel prende o par de jovens pássaros
ah.o sentimento ardente ainda habita o seu coração
Gentil como a água,simples como uma flor,
e apaixonado com honra.
Minhas lágrimas estão destinadas a escorrer,
mesmo que eu tente impedir,
Elas ainda me lembram você.

Por: Onmyouza

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Glaring Dream

O sussurro que se dissolve na agitada multidão
Faz com que as memórias se espalhem e manchem meus pés

O calor da rua em que eu caminho e me perco, cegando-me de um jeito único
Me ilumina friamente e me congela

Os tempos frios fazem com que os sonhos caiam como chuva
E escorreguem entre os meus dedos
Quando eu acordei desses incontáveis desejos
Você estava refletido em uma brilhante ilusão:
A silhueta cujo fraco sorriso me dá forças pra continuar

As palavras que tenho para te dizer estão caindo numa rotina sem sombras
É como se eu falasse comigo mesmo

Mesmo com os dedos tremendo, eu agarro esses sonhos
E mesmo sem encostar neles, eles acabam se despedaçando
Até mesmo certas coisas não são de confiança:
Se eu acreditar em algo, poderei estar com você novamente?
Está desaparecendo, a silhueta daquele dia

Nessa vida de inverno, olhando para essa pálida e morta estação
Eu, que já não estou mais de pé, fui levado embora

O vento sopra, fazendo com que isso seja deixado para trás
Até as saudades estão crescendo paralisadas pelo frio do meu coração

Os tempos frios correm nos nossos sonhos, mas são pegos em suas mãos
Quando eu acordei desses incontáveis desejos
Você estava refletido em uma brilhante ilusão:
A silhueta cujo fraco sorriso me dá forças pra continuar

Por Kotani Kinya, Glaring Dream

terça-feira, 4 de maio de 2010

Koe

Se você ainda estiver vivo, sob o mar
Cortarei ambas minhas pernas e me tornarei um peixe

Se você chegar perto o bastante de mim para cair nas profundezas
Me tornarei uma sombra, perambulando na escuridão sem fim

Livremente indo a deriva do ar, minha vislumbrante neblina,
Apenas lembro dos dias que não foram concedidos a nós
Você não está aqui
E sei disso, eu sei disso...

Nascendo, nascendo o sol
Purifica este lugar
O selo esculpido em azul
É levado embora pelo quente, quente vento...

Se estas palavras jamais te alcançarem
Vou pegar meu corpo vivo, e joga-lo fora

O agora, que apagou as minhas vivas feridas
As suas emoções, que roubaram tudo
Eu as cobicei, eu as procurei
Ainda que elas fossem ilusões

Desaparecendo, desaparecendo, seu calor
Me segue até este lugar
Seus braços que poderiam limpar até mesmo punições...
Eu quero dormir embraçada entre eles

Nascendo, nascendo o sol
Purifica este lugar
Seus braços que poderiam limpar até mesmo punições...
Eu quero dormir embraçada entre eles

Desaparecendo, desaparecendo, seu calor
Me segue até este lugar
O selo esculpido em azul
É levado embora pelo quente, quente vento...

Os estilhaços das memórias estão sendo arrancados
Os furos que se acumulam em mim não são o bastante
Estou esquecendo - está obscurececndo-
Sua voz desaparece na gritaria

Estão sendo arrancadas, estão caindo
Os furos que me ocupam não são o bastante
Sem deixar rastros - estou esquecendo
Sua voz está se tornando a gritaria.

Tsukiko Amano, Koe

O que Diz a Morte

Deixai-os vir a mim, os que lidaram;
Deixai-os vir a mim, os que padecem;
E os que cheios de mágoa e tédio encaram
As próprias obras vãs, de que escarnecem...

Em mim, os Sofrimentos que não saram,
Paixão, Dúvida e Mal, se desvanecem.
As torrentes da Dor, que nunca param,
Como num mar, em mim desaparecem. -

Assim a Morte diz. Verbo velado,
Silencioso intérprete sagrado
Das cousas invisíveis, muda e fria,

É, na sua mudez, mais retumbante
Que o clamoroso mar; mais rutilante,
Na sua noite, do que a luz do dia.

Antero de Quental, in "Sonetos"

sábado, 1 de maio de 2010

Novo começo com novas postagens! (novo ânimo)

Correntes

Estou preso neste mundo
algo me puxa pra baixo
me afundo em sentimentos confusos
mas a sensação não me é estranha
eu te vejo dormir
e tudo o que temo passa a não significar nada
você é como uma corrente
que não deixa o que sobrou de mim afundar de vez
você me ensinou a ver o nada com um tudo
e assim poder prosseguir
com o que sobrou de mim

Por favor me prenda mais forte,
pois sinto que logo
essa corrente se romperá
e todos os meus medos voltarão
faça com que tudo se torne nada,
faça com o que meus olhos parem
de desprender gotas de tristeza
pois eu não tenho nada a que me apegar
tudo o que sobrou foi você
e essas correntes que prendem o resto de mim aqui!

By: Bruno
“O chapéu voa da cabeça do cidadão,
Em todos os ares retumba-se gritaria,
Caem os telhadores e se despedaçam,
E sobre a maré,
A tempestade chegou, saltam à terra,
Mares selvagens que esmagam largos diques”
(Jakob Van Hoddis, poeta expressionista)