quinta-feira, 21 de julho de 2011

Protetor

Hoje as coisas não terão significado poético
Hoje, minhas asas de vidro estão estilhaçadas
E o céu cinza como no primeiro dia que te vi
As nuvens condensadas escondem as constelações que envolvem o seu brilho
Jamais esquecerei das suas fulguras eternas que cintilam e contornam minha escuridão
Minha alma tramita entre a alegria daquelas memórias e a corrupção do desfalecimento
O seu sorriso mesmo que imaginado remenda minhas cicatrizes
Eu devo preparar meu corpo com muitas dores e sofrimentos
Para que eu esteja completamente preparado para receber os seus
De modo que você não os sinta, não os veja, e talvez nem os perceba
Eu navegarei na escuridão do seu âmago, tomando essas trevas para mim
Para que você se mantenha pura, sem menores pretenções
Eu eternizarei cada alegria sua em seu próprio coração
Para que você nunca deixe de sorrir e eu nunca esqueça do seu riso
Eu lapidarei grandes avenidas sem semáforos e ruídos automotores
Para que seus passos silentes nunca caminham para a incerteza
Eu lajearei grandes e impenetráveis fortalezas
Para que você nunca se sinta insegura
E para que a chuva não lhe traga resfriados e outras enfermidades
E por fim eu guardarei minha memória forte e seguramente por toda eternidade
Assim, por mais que se sinta só, você jamais será esquecida um segundo sequer!

By: Bruno

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