sábado, 9 de julho de 2011

O terno vermelho


A sinfonia das máscaras mergulha nesta amplidão
Como é belo beber, os sons, os aromas, as cores
E dançamos entremeados à grandes goles, causando terrores
Um vestido e um terno vermelho avolumam-se neste salão

Mulher impura! Que traga um coração por noite
Em seus caninos dracúleos há sempre uma aorta
Seu ventre guarda os pecados que depois tu os aborta
Mulher impiedosa! Dancemos esta pequena pernoite!

Tua natureza é vaga e simbólica
Óh Lilith, que me puxa para dançar
Logo às portas do inferno a adentrar
Tu és misto de anjo caído e dama metafórica!

Transluz de sua pele rancor e doçura
Como jamais vi em força tão jovem
Porém admitamos, antes que nos reprovem
Nossa alma é tão anciã quanto a estrela mais escura

Nossa roupa resplandece à boemia
Como antes um vestido e um terno vermelho
À combinar as mascaras tornam-se rubras, como um espelho
Mulher cruel! Nunca senti tanta arritmia!

De que é feito seu encanto?
Responda ao maldito que um dia
Haverá de ver de verdade, além das caligrafias
Tal formosura que nos versos eu abrilhanto!

By: Bruno

Um comentário:

  1. Ai que lindo,muito romântico a o mesmo tempo odiento kkkkk rsrs adoreeeiii,descrição da bebedeira desta semana ! amei como sempre você é o preferido rs
    beijos

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