sexta-feira, 4 de março de 2011

Me sinto anestesiado
Não importa o quanto negue minha existência
Não importa o quando de dor eu carregue
Não quero enfrentar isso
Não quero admitir, incorporar isso à minha essência
Quero ser como o audaz gato
Que não carrega nenhuma obrigação humana
Todo o fardo que inventamos pouco importa para o gato
Para uma existência não humana, o conceito de bem ou mal
É simplesmente inválido
Apenas enxergamos o que nos convêm
Temos dúvidas e obcessões; sim
Porém administrar isto é a chave
Temo a dor
Mas sei que aprenderei algo se ela vir
Não tenho escapatória
Estou como a expressão diz
De mãos atadas
Tenho que cumprir com o esperado
Nada além
Mereço descanço? Não
Descanço somente com a morte
Não ficarei inerte enquanto viver
Por mais que seu sorriso me cative e me prenda
Não deixarei que desencadeie problemas
Psicopatológicos
Sim, não importa quantas vezes eu veja seu sorriso brilhante
Não me entregarei
Comprometarei-me de corpo e alma
A alma que seja fogo eterno
Mesmo que meu corpo seja possuído por uma ordem
de demonios
Não desisitirei
Jamais

By: Bruno

Um comentário:

  1. Escreves surpreendente bem, de verdade! Não sei nem o que dizer sem parece estúpida, mas com certeza ganhaste mais uma leitora. ;)

    ResponderExcluir