domingo, 13 de fevereiro de 2011

Gloire dans le Silence

Estou a tanto tempo parado
Que estou desistindo de esperar
Minha esperança nunca morreria
Porém meu coração aperta-se em meu peito
Como uma mágica a chuva anestesia essa dor
A cada gota que cai em minha face
Seus olhos puros refletem-se em minha mente
Carrego lembranças suas
Mas em realidade você as desconhecem
Desconexas e ébrias, existem só em minha mente
Algo me diz que não virá
Mas não posso abandonar a confortável chuva
Não quero que todos os sentimentos acumulados
Despedacem-se por nada
O silêncio possui uma glória ilusória
Pois permite que imaginemos idealizações impossíveis
Que logo são descartadas por outras
Mesmo que eu me esforce
Nunca conseguirei largar este maldito vício
Idealizo me em um momento perfeito e desejoso
Enquanto estou apenas em um lugar sem vida
Em uma chuva que nunca me abandona
E é só o que é confortável sobre uma vida imaginada
É a doçura das lembranças vividas sem que elas tenham de fato
Existido...

By: Bruno

2 comentários:

  1. Realmente eu nao sei o que dizer.
    simplesmente apaixonei com cada verso desse texto, que soou suavemente em minha alma. Compartilho da mesma sina,imaginações sem vida e, no entanto toda vida...
    lindas palavras,
    sou sua fã e amo seu blog

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  2. De grande lirismo e caráter confessional, um tom de expressividade e figuras que mostram como se move teu sentimento na circunstância da vida, a espera, esperança,o saudosismo, as idealizações, vícios, palavras substantivas que narram o cenário emocional em que o teu "eu-lírico" passeia no decorrer e fase da vida. Muito bom, parabéns poeta,

    um cordial abraço, Luiz.

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