domingo, 6 de fevereiro de 2011

A morada do Deus rejeitado

Cães ladravam embora presos em vidros
Estilhaços de vida se prendem ao ar
Existiu vida neste lugar?
Entulhos nefastos rompem o silêncio
Contaminando a inocência
Perturbam os sentidos,
a sanidade de quem os vê
Este destino amaldiçoado foi inevitável
Os olhos suplicam por piedade
Uma criatura tão mágica
Decaiu tão deprimente
Óh infortúnio de se viver
Óh desejos pútridos e partidos
A redenção das pétalas
O sacrifício para este Deus rejeitado
Que alma se proporia a tal desgraça eterna?
Preso numa escuridão tão banalizada
Não há saída
Para a alma corrompida
Nenhum desejo escárnico satisfará
A fome de viver
Daquela criatura
Presa naquela estranha danação

By: Bruno

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