domingo, 6 de fevereiro de 2011

Estuans interius
Não há nenhuma visão de saída
ira vehementi
Um fato terrível
Monstruoso, inevitável
Palavras atam-me ao descaso
Meu corpo se arroja ao chão
Procura um descanso
Ne me mori facias
Perco minha voz
Agonizo e mesmo assim
Quando olhas para a morbidez
Tento esboçar um sorriso
Apagam-me os sentidos aos poucos
Ne me mori facias
Queimo-me como me convêm
Em ódio
Et inanis
Por que continuas a torturar-me?
Um olhar curioso frente ao horror
É estúpido
É tempo de desistir de tudo
Da eternidade, e de todos os nobres devaneios
Hic veni, da mihi mortem iterum
Não quero mais existir
Nem na dimensão das memórias
E nem nos cristais do desejo
Agonizo no horror da reflexão
Como um verme em ácido
Vejo sua asa negra em formatos curiosos
Deve ser mais um dos devaneios pré-mortis
Seu sorriso está se tornando mais demoníaco
Do que o meu jamais foi
Agonizo, mas não obstante ainda admiro
Sua silhueta não mais humana
Fabrique para mim um pequeno barco
E envie meus restos mortais aos confins do submundo
Prometa-me aplacar todo o ódio que senti em toda vida
Hic veni, da mihi mortem iterum

By: Bruno

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