sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sua luz

Perco me no meio de tantos vocábulos
Embora minha mente cheia
Nenhum quer se apresentar ao mundo
Sem forças para organizar a bagunça ficcional
Meu corpo perece
Meus gestos humanos são imperceptíveis a mim
Entre todas estas tais gesticulações
Que observas atentamente
Tente reconhecer algum padrão
Não se demore
Meu tempo esgota-se
Você conviveria com alguém tão subversivo quanto eu?
E se eu tornar-me algo não humano?
Bebo uma substância enegrecida enquanto conversamos
Uso o pouco da sanidade que me resta
Eu represento-lhe alguma importância?
No entanto, não reconheço nenhum traço importante em mim
Entre meus dedos fluem miséria
Minhas unhas carregam uma malícia que não foi adquirida
Esta é incorporada ao meu ser
Mesmo sendo reprimida pelo seu ser
Qual é o mistério da sua luz?
Que me prende a você
Que me entorpece
Que me faz... vivo!

By: Bruno

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