sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Confessional

Minhas unhas compridas
Me lembram de minha infância
Tempo de uma inocência perdida
Já não há mais tempo de recobrá-la
Não tenho recursos suficientes para reconstruí-la
É de dificil aceitação
Mas o corpo humano sempre se adapta
Em gestos ébrios é onde a produtividade se esconde
Em dias em que o copo está cheio
Há colheitas mais proveitosas
Escrevo compulsivamente
Não, não hei de provar nada a ninguém
Só hei de estar vivo e ativo
E ativo significa que escreverei
Mesmo que não tenha um tema ou um ideial específico
Hei de escrever, hei de fazer o que sei
Que assim me sinto satisfeito, vivo
Reconheço esta sensação oriunda de outros versos
Espero não ser reduntante meu caro
Mas se me acompanhas sabes de meu mundo bipolar
Sabes que me alimento de letras e palavras
As que consigo capturar
Prendo ao meu ser
E uso somente quando convém
Sou obstinado a ser inescrupuloso
Quero ser nefasto
Sou apenas eu
Um vivente

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário