sábado, 7 de maio de 2011

La petite boutique

Copo a copo os cérebros humanos se põem a sonhar
Um místico e charmoso elo se cria
Algo que se põe em situação fastia
Vamos todos os dias os prazeres celebrar

Tu, soberanamente andando, de efêmeros traços
De quem ao olhar me escondo
De quem quando distrai, à antenção respondo
Olhos verdes e asas de distintos aços

Compondo o belo corpo traços fabulosos e planos
Na botique onde o som do piano é dolente e doce
Não combina com tal pudor tantálico, precoce
Canso de adjetivos e de música, meus versos deviam ser soberanos

Por quantas vezes me portei desvairado
A insolência da minha rudeza
Cruel má criação minha, de família essa natureza
Poderia eu ser perdoado? Um espírito variegado?

Pela taverna versos sem sentido ecoam
Você responde como lhe é possível
Bebendo, aviso, não sou atingível
Meus versos nem Deuses abençoam

By: Bruno

Um comentário:

  1. Uma expressividade intimista, forte e até cética, lembrou-me Charles Baudelaire, muito bom poeta,

    um abraço.

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