domingo, 22 de maio de 2011

Introspecção

Me despeço de mais um dia do qual eu não acordei
Os sóis zombam do meu espírito dormindo
A natureza e sua estação brumosa me encontram fingindo
Carreguei esperanças até a hora que delas me deslumbrei

Meus pequenos silêncios não me amparam com firmeza
Queria usar palavras que rebrilhassem uma inocência
Mas por não te-la me detesto e reprimo minha essência
Em meio as minhas dores há um legado de amor e certeza

Minha força não está numa grande chuva tempestiva
Muito menos nas grandes ventanias soltas
Minha redoma é o escuro da noite em reviravoltas
Minha solidão é minha análise mais criativa

Meu sangue possui muito mais lirismos
Do que oxigênio em suas hemácias
Mas não posso ser mais poético que as Acácias
Parto apenas de imoralidades, a árvore só de formalismos

Conformo-me em apenas descrever amores a mim desmerecidos
O que eu procuro flui do outro mundo para este através do meu ser
E eu não posso saber o que é, apenas sou uma ponte a discorrer
Tais raras flores de ares jamais desfalecidos.

By: Bruno

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