sábado, 28 de maio de 2011

Faceless


I
Estou entregue a mim mesmo
Invoco incansável o espírito das coisas mortas
Para assim enriquecer a palavra
Posto que minha alma de tão fria é mesquinha
Tão fria que até a gélida manhã a aquece
Guardo inúmeros versos em segredo na minha mente
Tornando meu emocional instável
Mas não revelo a nada!
Afinal os humanos precisam de uma máscara e um sorriso
Um sorriso portador de inverdades
Ao que parece preocupação na verdade é desinteresse
O fato escarnioso da manhã e da vida
A fragilidade e o desleixo são figurais e desprezíveis
Agora a felicidade e a fé, mortos, ainda são repartíveis

II
Quando estou entregue a mim mesmo
Estou também entregue à Thanatos
Só quem já mergulhou em náuseas,
Pode reconhecer o peso dos meus atos
Já vivi o inferno Rimbaudiano
E ainda o tenho em surtos minimalistas
Hoje vivo o inferno de não amar e de prosseguir com os planos
Cada um de meus versos são lágrimas da minha alma
Terrívelmente rebelde e aquietada
Sou possuído por minha própria liberdade poética

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário