quinta-feira, 19 de maio de 2011

Inverno de solidão


Neste inverno rigoroso
Minha alma congela sem alvoroço
Porque não há braços piedosos para envolvê-la
Incomodado, ponho-me a rezar uma novena
Em vão

O inferno é gelado, idílico
O som do piano me torna indiferente
A bebida aquece meu corpo
Mas não desfaz o desgosto pela solitude

Nem nos nove reinos de Yggdrasil
Haveria alguém para mim?
Minha relutância é chama inócua
É quase imoral pensar que eu podia rimar
Sonho alto apenas para ver-me cair

E os sonhos um a um despedaçam-se e caem
No langor do abismo agora jazem
Sou ainda alma demente
Que delira que é amada e completa
Contudo é resguardada em esquecimento

A censura impede que uma luxúria egoísta
Se desenvolva e me consuma
Mas me pergunto se isto seria passível de erro
Estariam minhas concepções totalmente erradas?
Não volto atrás, todavia
Posto que por tanto tempo fui assim
Então me resta congelar os poucos suspiros sóbrios...

By: Bruno

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