quarta-feira, 27 de abril de 2011

A poça de Sangue


Sobem pelo ar
Bolhas sombrias
A cutucar os narizes carrancudos
O´h ar nefasto
Atravessais a tranquilidade
Como o punhal que o Diabo
Encravas nos corações virginais da humanidade

Sobe pelo ar
Bolhas esquizóides
Uma a uma, as pessoas são contaminadas
A poça se torna rubra
Coberta de sangue inocente

E sobe pelo ar
Muitas outras coisas nojentas
Até os anjos malquerem a poça

A poça, A poça
O que é a poça?
São os pecados descartados?
São os medos de morte?

A criança enlameia-se na poça
Mal sabe ela, que espalhas o mal
A cada gota do sangue em sua roupa
É um centímetro a menos de inocência
Mais uma alma corrompida
Para a minha magnânima coleção

By: Bruno

Um comentário:

  1. Tantálico e dolente, mas expressivo e realista, gosto de tua expressividade, algo como já te disse muito Rimbaudiano e Baudelairiano, este poema lembrou-me bastante os versos de "As Flores do Mal" de Baudelaire, não tenho mais o que dizer, sabes de teu grande talento e lirismo de poeta,

    um cordial abraço.

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