sábado, 30 de abril de 2011

Punhal do Diabo

Esperavam no chão
Um banco, uma faca e um menino chorando
E havia madeiras
Satanás proferia coisas em meu ouvido
Mas eu gritava: Eu faço o que quero!
E abafava a voz infernal
Tudo aguardava o fogo
O fogo, glorioso fogo
Que se incendiou primeiramente em minha alma
Em seguida nas madeiras
Carbonizavam agonizantes
E o menino implorava
E as chamas cresciam
A rua se cobrindo com o véu da minha peripécia
Os vizinhos preocupados
E seis, talvez sete
Vezes que eu me furava com canivete
Respingos espalhavam o carmessim em meu rosto
E o Diabo, que resolvera apenas assistir
Ficava extasiado
Só segurando um punhal desconfiadamente
E o menino quando entrou
Extinguiu o fogo disciplinarmente
Me senti num castigo
Mas acatei...

By: Bruno

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