terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Poema sobre o meu gato Mingau



Anda de canto a canto
o ser mijante
procurando atentamente algo
que ainda não foi alvo
quatro patas e um ávido olhar
percebe logo alguma mudança no ambiente
sua alvura é como o luar, esconde-se da luz
Quando está pronto sai
é quando, na noite rubra acontecem
crimes hediondos
Quando justamente os humanos estão vulneráveis
acontece o horror causado por aquele aparentemente
simples gato branco
que mija e morde impiedosamente, ruidosamente
Sem perdão, sem mágoa, sem cerimônia
Afinal é apenas um gato branco
O que se pode esperar dele além do desconhecido e fastio como as coisas da noite?
Ele é imperceptível como o punhal que fere a carne frágil
Ele é onisciente na noite
o seu território sombrio
Onde só ele é perspicaz
e onde a treva o obedece
Mesmo quando sua louca mãe
tenta em vão o punir por uma mijada indevida
em sua nova sala.

2 comentários:

  1. Haha, também tenho gatos, entendo-o perfeitamente.
    Muito interessante o texto.

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  2. Hehe, adoro esses poemas de gatos. São tão hilários. Adorei o texto. E parabéns pelo Blog!

    http://cocainegrrl.blogspot.com

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