quinta-feira, 2 de junho de 2011

Quadros modernistas

Minhas lágrimas formam um tear brando
O tédio com minha alma é cruel
E o modernismo parece que porá tudo em um bordel
Contudo os homens têm a ciência moderna sob o seu comando

Vagueio por sons não tão amenos
O profuso toque da civilização é a luz de um novo astro
Enquanto a natureza preguiçosa se esvai num lastro
Me inconformo com tantos sentimentos obscenos

Um produto numa era epicúrea nasceu
População anancástica jamais imaginaria
E por mares dourados imaginativos jamais velejaria
Sim, a arte, o soneto, que satisfazem um coração como o meu

Não, o que eu sinto não é meu, pertence à poesia
A noite é espiraladamente poética e determina
O jazigo de sentidos que guardarei e que culmina
Nos versos que tanto me ocupam de mania!

Minha alma reclama
Enquanto outrem lavam as manchas do pecado com lama
Vamos à tarde errar por sentinas cruéis
Culpemos o Diabo que nos puxa por cordéis
Que faria de bom grado da Terra só detritos
Eis que não lutamos jamais contra atritos
E a vida some estranhamente
Posto que as engrenagens do mundo funcionam fastigiosamente!

By: Bruno

Um comentário:

  1. Sou um leitor de poesias, ainda não li as anteriores mas confesso que gostei muito dessa, você escreve muito bem, gosto como encaixa as rimas, vou seguir. Escrevo poesias também, se quiser visitar: www.newfallen.blogspot.com

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