domingo, 27 de outubro de 2013

Rimas de saudade imensa de ti

Trago o coração à flor da boca,
Pulsações despidas de saudade. 
O brilho das memórias é pura maldade 
Atracando-me a esta doce e fatal doca.

Melhor que o precipício dos meus sonhos
É a cidade que me grita a tua ausência
Pois o pranto agora não tem a dolência
Do equívoco, como acordes bisonhos

De uma guitarra desafinada 
Contida em uma garrafa de desilusão
Inarticulável, como a noite abandonada
Em um oceano em mansidão.

Meu único exílio é essa saudade,
mesa maciça que me separa
E totalmente me desprepara
À falta total da tua claridade

Só sei o que deveras sinto.
O trovão que, altivo brame, 
A chuva que, baixinho geme,
E a saudade que me percorre como absinto

Minha vida está incompleta,
Rosa sem espinhos,
Falta-me o fino linho
Do teu toque dileto

Para que eu deixe de ser rumor
Solto na inexatidão do mundo.
Para que eu me torne o verso profundo
Que sempre quis declamar com o maior clamor! 

By: Bruno 

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