sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Eu te amo como amo a abóbada noturna
Tu que, minha vida, canção taciturna
Transformaste-a em lívida ventura
Com tua inesquecível e suave brandura

Eu, que sempre existi incompleto
Nos acasos cotidianos, fluindo,
Como um rio que ia se esvaindo
Nos intemperismos evaporantes do dialeto,

Acendia astros imaginários e neles me iludia
Entretendo assim o grito sem sombra do dia
Conquanto as noites, caíam irretratáveis
Ao véu gelado dos meus ventrículos irremediáveis.

Agora, mergulhando na sutil espessura da tua sensibilidade
Provando o real sabor do amor ao qual eu desconhecia
E, livre das janelas que me alvoreciam
Posso pensar, não em subir os degraus planetários da eternidade

E sim, em subir as serras dos dias, sem o desfeito
Das horas que pertencem ao tempo,
Apenas levando o doce alento
Do amor que depositaste em meu peito.

By: Bruno

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