segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pensamentos enterrados no luar

Abaixo das nuvens escuras aconteceu um encontro
Um amor não concretizado que suspira sangue
Sob a ótica sazonal é intensificado nestes mesmos dias nublados
As lágrimas a escorrer são esquecidas pelos fios do destino
A brancura assume diversas cores em meio aos pensamentos em chamas
Que jamais esquecem, jamais perdoam uma timidez atroz
De olhos fechados enquanto a vida passa transitoriamente
Eu espero pelo dia em que transmitirei adequadamente estas emoções
Em outro mundo em uma época jamais imaginada ou vivida
O alvorecer está se aproximando a medida que as estrelas se distanciam
Cartas realmente serão necessárias antes do grande sono?
Letras flutuam sob o vento dos muitos anos não aproveitados que lavam os aromas que sinto
Agitando os sinos imaginariamente ébrios deste inverno final
Os raios de sol jorram estórias espiraladas de esperança
Que ao meu ver são de desespero, uma ânsia transformada em otimismo falso
Porém voltando à memória, esta tem um brilho efêmero a percorrer minha mente
Seu toque e aparência preciosos até empalidecem poucamente os cântigos sombrios
Queria fixar o seu riso ao meu sonho de forma a contornar a lua minguante
De forma a tornar a solidão estreita aos meus olhos e esquecer todo o massacrante ódio!
Ao brincar de semear os poucos momentos corajosos
Os deuses podiam lacrimejar um final feliz a mim
Mesmo que meu espírito dissolva-se no sal dessa lágrima
Eu teria você por um transiente momento
Seguiremos puramente na paisagem iluminada
Sob o orvalho glorificado das flores vibrantes
Certamente eu viraria as costas para a corrupção taciturna que me assola
Porque eu teria encontrado o fim que desejo.

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário