terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O escuro

O desconhecido ramifica-se sobre a luz
Com seus grandes olhos vermelhos à osfuscar
Sem defesas a luz fraquejante a repudiar
Os nossos espíritos medrosos a adentrar

O que não se pode ver se torna o que se ouvirá constante
As criaturas farejantes sentirão cada peçado de horror
Do alegre arrastar do humano vagante
Desejando a ideal fantasia da inocência que se mistura ao clamor

A citar as *Lâmias sedutoras tão doces
Incentivando o embarque neste trem vedado
Toca a ocarina a cobrir com sons, o corpo acalentado
Feito asas negras numa insuspeitada corrupção, precoce

E de nada valerá a esperança, o arrependimento, tão sagazes
Aparentemente, mas transformam-se
Em desesperos bastante eficazes

Assim tais aluadas criaturas
Postulam-se em desesperadores e desesperados
Abalando até mesmo das divindades as ossaturas

Porém quando enclarece, pois existir não se resume ao escuro
Até os perdões se tornam tédios envernizados
Reunificando a ordem do impuro!

*Lâmia: um tipo de monstro, espírito feminino que atacava viajantes e lhes sugava o sangue.

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário