segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nestes teus anos que se completam

Eu sei que os inúmeros parabéns e festividades

Soarão como manequins desprezíveis e noctâmbulos

E que a vida lhe traz sinistro horror, como os sonâmbulos

Quem sabe eu neste estilo maldito não te trouxesse alguma irrealidade?


Assim quero que tua viva caveira

Levante a fronte zombeteira

À moral deturpada da cristandade

Tal não pertencida moralidade


Mesmo que sejas poço de culpa e defeito

As grades insaciáveis de teu peito

Devem viver toda prosa e poética

De todas as vidas heréticas


Daqueles que dançam horrivelmente

Nutridos pela espiral livre

E aqueles inspirados por Le bateau ivre

Pois alcanças a maioridade magistralmente


E sua ironia junto com sua insânia

São sim percebidas e admiradas

Portanto desejo que jamais sejam abdicadas

Quanto mais neste dia que julgarás cheio de litânias.


Dedicado à: Maykel M. de Paiva


By: Bruno

Um comentário:

  1. Complexo daqueles que te deixam vidrada sem piscar um só segundo para não perder, ou se perder lendo. Ótimo.

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