sábado, 15 de outubro de 2011

Spleen 7

Vem regelar em mim com sua vibração
A chuva que em seu ápice
Me despedaça com mão tão doce

O pentagrama que desenho em minha mão
Translada em mim o marco de outro mundo
Anematizado em forma poética

Delineia em meu espírito fraco
O sentido das coisas que quero ser
Que quero escrever, sentir

Frente à essa grotesca balada
Que retira do vento do mundo
Todo este pesar que é viver

Vertendo ao meu corpo dolorido
Mil faces, centenas de gostos
Horrores e desgostos
Demônios e falsos deuses

Já nem sei que traje impúdico vestir
A fim de lograr como um príncipe perfeito
A dança macabra que remexe estes esqueletos
Que tanto vejo e desvejo

Os temores mais corruptos como vermes
Atacam meus mortos favoritos
Como um cemitério odiado pelas estrelas

Doravante esse escombro
É matéria viva prostrada à ignorância
Ao tédio e à falta de curiosidade
Que circunda o mundo em grandes afagos.

By: Bruno

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