quinta-feira, 6 de outubro de 2011

The cat burial

A luz da manhã ilumina um corpo dormente
Sob o asfalto cru adornado por pétalas amassadas
Ele tem frio, percebe-se pelo olhar triste e calado
Sem vestígio uma vida foi tomada indelicadamente

O sangue misturado com a luz do sol fraca
Tinge aquele pelo branco desarrumado
O viver se perdeu da vista desconfiada
A desolação possui uma cor opaca

Aquela alminha atlética
Jamais verá de novo o ar da noite
Olvidado pelas almas rachadas e ao açoite
Das sensações fúteis e heréticas

Alma posta num devaneio tão solitário e tórrido
Devaneio que nem separa esta vida da morte
A um longo olhar verde cume dotado de realismo
A inexistência configura algo tão aleatório e sem sorte

Agora não é mais matéria viva
A bradar por noites e pernoites sem malícia
Deus tem piedade desta longa miséria
Não deixe que o vazio aquela pureza arquive.

By: Bruno

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