Bem queria ser a novidade insurgente:
Ineditude a estourar bem inocente,
Um soneto que rimasse um pós-tudo:
Mas estou aqui, arcaico, meio fulvo!
Delirando um sentido de além, sumido,
Desafinado e furtivo, tal a modernidade:
Ambiguidade dragonesa, signo postiço;
Liquefeita e imperfeita essa verbosidade!
Queria escrever meu poema, sem lendas
Atual e político, que se fizesse gramatura
Solta, pulsante, mas não é por estas sendas
Que meu espírito deambula longe, irriquieto!
Amálgama rubra de mitos, segredos e agrura:
Perpétuo templo ou antigo copo de cianeto...
Bruno Borin
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