terça-feira, 13 de julho de 2010

Objetos Amaldiçoados

A torneira

Qual seria o mistério daquela torneira estranha e torta? Choramingava umas gotas
de igual estranheza, sem forma, sem sentido, beirando a imoralidade.
Certa vez não quis mais gotejar e pôs se a abrir sozinha e despejar uma enorme quantidade de um liquido negro e desconhecido, causando espanto a tudo e todos que a miravam, todos a detestavam, mas eram vãs as tentativas de retirá-la de sua pia. A pia era seu domínio, seu mundo, cercada de morbidez, como o autor está agora. Não fazia nada além de despejar asco de si para fora, num ato intencional e quase criminoso de causar medo nos corações mais variados, de pessoas igualmente variadas. Era um ciclo imoral de coisas sem sentidos, oriundos de todo o mistério daquela casa amaldiçoada.

by: Bruno Borin

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