Poeira que sou, Here I am
Entre dois caminhos:
Apolo fita-me austero
Dionísio oferece-me vinho
Dores díspares, dissonantes ecos meus
Vagando presos em uma realidade única
Entre os invernos do sentir
É difícil fazer perguntas de tarde
Como se as belas imagens não quisessem
No fundo, me pertencer...
me fazer delas sua morada
Descolorido within my mind
Não consigo me aprofundar
Nas minhas profundidades
Entre caldos de lava e medo
Inexorável mergulho e jorro
Antilirical melody of my soil
Pardon me eu não queria...
Malbaratar-me tanto do meu instante
Como se quisesse roubar-me de mim
Estranha equação de perdição
Em que me ancorei insólito
Quero um céu desconhecido
Constante como uma viola de fado
Mudos acordes temperando
A vida que quero viver
Entremeada de sonho e visões
Adianta, Bruno, tatuar na pele
alguma alquimia verbal
Em que não se celebra o corpo
Mas o destrói em sacrifício do rito
Do supremo soneto?
Bruno Borin Boccia
Maravilhoso!!
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