quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O meu outro


Deslizo a mão por minha pele.
Já não sei onde a cicatriz divisa;
A dor que luzia na densa neve
Era timbre ou uma lebre arisca?

Viola que dedilha destinos fundos
E guarda a porta do fim do mundo;
Afora é amor, adentro torpor agudo
Fluido cenário correndo nulinerve;

Coisa que ferve as veias infinitas
E brinca de desmesurar a paixão!
Mar de lembrar emoções tão bonitas...

Sorvendo do cálice das coisas íntimas
Busco neste meu império dos sentidos
O âmago imortal da minha inspiração!

Bruno Borin

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