quinta-feira, 7 de março de 2019


De tintas rubras do instante 
É que se tinge a vida. 
                          De embriaguez
Samsara

Sambar a vida esvaecida
Esquecendo texto e sabença

Lamber a vida... e a escrita

Entre a vigília e o encanto
Fica o sonho, 
esse portador da carne da alma
Perseguindo o intenso voo

A ferida é samsara
Prateada de guizos
E queixume antigo


Cor de dor e uma estrada vazia
Estertor de apatia
A eloquência do nada sempre domina

Samsara...

Somos orvalhos em um deserto

Fundura e nervo

Samsara...

Bruno Borin 

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