domingo, 1 de abril de 2018

Lembrança de Ostara


I

Viviam em uma época lúdica e antiga
Um pássaro lindo, de azul plumagem
E uma deusa amável, digna de cantiga;
Eles brincavam com crianças na folhagem

Pousada a cantar, a ave de tão mágica
Quanto a deusa, sua melodia de amores
a transformou em um coelho num átimo;
Todos celebraram o feito com clamores!

Passaram as estações, a lebre triste,
Triste ficara, nem a deusa podia ajudar 
Sem poderes durante o inverto em riste!

Quem sabe na primavera, a deusa forte
Pudesse de volta a ave transformar? 
Dito e feito! Floriu o tempo de sorte!


II

O lindo pássaro azul pôde cantar e voar
Novamente! E em felicidade real e suprema
Quatro ovos botara! Num ninho de alfazema,
Para cada estação do ano nunca se olvidar!

O pássaro, após algum tempo, em lépida lebre 
Retornara! Agradecido seus tenros ovos pintou 
Para os quatro cantos do mundo os distribuiu
A deusa tão enternecida, em seu trono de sebe

Reconheceu o ato danoso ao arbítrio dos seres
E tatuou no rosto da lua esta bela mensagem
E até hoje podemos ver estes belos saberes:

Uma silhueta de coelhinho, em nome de Ostera!
A Era de Ouro nos lega esta inocente imagem...
E Contar uma historinha destas, quem me dera!

Bruno Borin

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