sábado, 20 de janeiro de 2018

Soneto épico

"Àquele que o abismo viu"

Penso num longínquo pretérito
Antes mesmo da forja da espada;
Os reinos se ganhavam por mérito,
O bronze brandia na selva calada!

Ele, guerreiro, que o abismo viu
Deu forma à poesia, vinda do barro
Glória de rei eterno, o Dilúvio viu
Dos mitos o primeiro grande achado!

Mais épico que Eneida, herói nosso!
O mundo reconstruiu, portões abriu;
Humbaba o temido, destruiu!

O primeiro grande épico esboço:
A Jornada, a luta e o pesar sentiu,
A Acádia lembra seu esforço!

Bruno Borin

Nenhum comentário:

Postar um comentário