Um corpo que cai no horizonte
Sustém em seus segundos de queda,
No óbolo de memórias a dar a Caronte
Todo o cenário que se enflora e azeda;
Tal que em si mesmo a eternidade é real,
O Negro voo das esfinges humanas
O permeia nesta empreitada soberana
E o sangue flui pelas veias de forma boreal.
Na infame busca pelo sono da vida,
As telas do remorso se pintam com sangue
Com tal decisão endoidecida.
Para o olvido se vai a terra prometida
E das lágrimas pingadas na carta dolorida
Não resta nem o grito exangue.
Bruno Borin
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