Chegou o outono
Nada diferente, mesmo,
Se Gaia vestisse um quimono.
Bruno Borin
Chegou o Outono: As máscaras caem
Como as folhas mortas que ao secar
Do cíclico ardil da criação revelassem:
A vida nunca soube se libertar!
Quanto a mais a tediosa, a humana,
Cheia de grilhões, seja nas fantasias;
Nas instituições, tomadas de pilhérias
Está condenada ao lastimoso fadar!
Sem apreciar sequer o poente fatigado
Com o lucro fixado em mente
A tecer preces de talento ofuscado
Perder-se-á tudo, não só as cores,
Nas vidas que se passam; só sentem
Aquilo que os marcam e deixam dores!
Bruno Borin
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