Num silêncio sem paisagem
Pouso uma rosa no esquecimento
Como se chovesse uma visagem
No tardecer do especial momento
Quando o desejo de ser chuva
Fala mais alto do que o sol saturnal
Assim, compreendo a aurora outonal
Que floresce sem a orvalhada ajuda.
Sobre flores, seus variegados caminhos;
Emergem cores e complicados espinhos;
E semeio passos sem a esperada chegada,
No bulir de uma rota jamais trilhada.
Vestindo um paletó de Crepúsculo
No delírio da constelada tinta
O cinzel íngreme da vida, grita
Sob a vontade escorada em maiúsculo;
E em pequenos bemóis de sonhos
Na pira verdejante da poesia
Refloresço sobre meu escombro
Revigorando a total fantasia.
Bruno Borin
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