quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Andando no escuro


Tauteando crepúsculo adentro
Cores de mista e confusa elegia,
Sazonais desejos e vãs agonias,
Nos hinos trêmulos que elenco;

Me perco nos acordes o amargar
Despetalado de meu sentir,
Ao revirar lembranças a farfalhar;
Sem perguntar do porquê insistir,

Em uma imagem que, distante
De qualquer coisa familiar
Apesar do teor pouco atroante 

Ressoa em um íntimo inverno
Cujas badaladas, consigo escutar
Do lastimoso, mas meu significante.

Bruno Borin

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