Na alucinação das coisas ignoradas
O êxtase das distrações mundanas propaga
Um carnaval de corações flamejantes
Em labirínticos ideais e choros ultrajantes
Em telas avulsas e repetidas, destoantes
Das promessas que clamam tão atroantes
Exalando o aroma da presunçosa juventude
Despindo-se na vil vala das multitudes
Dispostos como marmóreos fetiches
Florescemos já nas tumbas potestatórias
Nas febris saúdes e encantados incensórios
Olvidando das alteridades seus trapiches
Cultivamos nas obscuridades oratórias
As opacidades melódicas das misérias.
Bruno Borin
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