O inverno pesaroso inverte as asas das borboletas
Voando através da condolência do ar
Apenas esperando o céu se equilibrar
Entre as tonalidades de suas silhuetas
E o seu cinza habitual, sempre ignorado
Como aquele vulto presente sempre
Como um rápido vislumbre
A passar nos cantos dos olhos minguados
E uma vez o sol também pesando nas asas já invertidas
Deixando a eternidade encerrar mais um coração remendado
Obriga os reflexos dos vidros a devolverem as recordações inventadas
Repartindo um subconsciente suspiroso
Enbebedando a alma com doce veneno
Num tenro assoalho lamentoso
Enquanto os monótonos sons das memórias vividas
São levemente borrados, reorganizados e comprimidos
De modo a dar abrigo àquelas imaginárias idas
Das asas invertidas, que renascem apenas
Para ter suas puras asas invertidas novamente
Num mergulho sem fim, ao desencanto, às centenas.
By: Bruno
Belas palavras.
ResponderExcluir(Pois é... Nem todos gostam do inverno... :/)