terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sonho


O sonho é como um segundo coração, tão profundo
Ouve-se sempre a sua voz, tão surda, enquanto adormecidos
Nos revelando puros infantes aquecidos
Nos cobertores ondulantes do imaginário mais fecundo
Alimentando intensamente por toda vida o nosso ser
Com suas pulsações imitando nosso primeiro coração a bater
Ele bate também, todo misterioso, quando estamos acordados
Sempre temos por ele nossas euforias arremedadas
E quando recordamos de algo querido, ele bate também

Quando se sofre ele bate, quando se ama ele bate...
É a continuidade da nossa vida
Mas quando a gente tenta alcançá-lo cru com as mãos
Fonte de todas as cadências ou alegrias
Do seu eflúvio, é inútil resistir ao mundo de ilusão
Onde todas as felicidades de quem se esquece da vida são alegorias
Eles escapam entre os dedos, escorregadios, voam
Uns poucos aprenderam como alçançar estas luzes que ressoam
Tão cheias de alma...

By: Bruno

Um comentário:

  1. Bruno! Descreveste bem, quanto em palavras quanto em sentimentos, a definição do nosso sonho em poesia. É mesmo assim. A gente tenta chegar mais perto, estendemos nossas mãos e daí ela escapa como água e não volta mais. E se voltar, é com outra essência.

    Lindo demais!
    Um grande beijo.

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