quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Monólogo Decadente


O silêncio arredio e atormentador
Presente na solidão, na mocidade, em uma casa
Capaz de traduzir cada milímetro de dor
Porém igualmente capaz de colocar debaixo d'asa
O maior dos sentimentos, inda pequeno filhote

D'alma humana, com a ébria intensão de ser enterrada
De ser tradutora de toda dor, trauma, protesto
E com todas as forças, certamente eu contesto!
Na poesia, não é para ser fastigiosamente entrelaçado
Em um vulgarismo tenebroso ou em um consumo rápido

Pois é preciso todo o langor possível
Afim de soletrar todos os vícios, todos os sentidos
D'alma humana, incompreendida, irremediável
Sem falar em citar todos os males acometidos

Cantar todas as canções, voar para Celene
Segurar as mãos daqueles que precisam
Decodificar a transcedência dos que se suicidam
Trazer o indizível ou ao menos tentar, de modo perene

Sem falar da liberdade omissa
Fugidia e esquia, que escorre entre os nossos dedos
Para prosseguir em grande missa

Em torno da nossa aclamada esperança
A mesma esperança que quando a lua alcança
Se torna o maior e mais sublime desespero!

By: Bruno

Um comentário:

  1. Sua poesia sempre com riqueza de detalhes em cada linha...revelando sensações até as mais sútis, essas quais sempre bem explicadas e que o poema consegue passar claramente. Vejo riqueza de sensações, leveza. Muito Bom!

    Abraço. Boa Noite ^^

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