quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Elegia para a bailarina

Sob o leito de brilhosas flores amassadas
Observo a vossa dança quase entristecida
Sob o leito dos luares calmos, mas alienados
Vosso semblante apaga-se dos sentidos esmaecidos

Vosso peito, bem me lembro, era o remendo do infinito
Cheio daquele fogo demente que deu lugar ao progresso
Vossas visões, céu, liberdade, delas também me envaideço
Embora vossa dança sempre permuta, serei sempre maldito

E em meu sono feliz de menino mimado
Por vezes recordarei daquele tempo ido
Os sorrisos hoje partidos, o abraço prometido
Mas não guardo dissabor, ainda por mais odiada

Seja a lembrança que tens de mim;
Pois apenas colho o bem estar da fantasia
De sempre ter apreciado só o palor da vossa agonia

Posto que fora uma boa dose de emoção
Para minha estremecida ventura,
Do controverso elogio que me fez, o dom da aliciação
Eu sempre me embriagarei.

By: Bruno

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