Que dor maior, pensar numa terra
Que não o tenha como habitante!
Meu coração haveria, no instante,
De expirar, neste futuro dissonante
De meu visceral desejo: junto viver!
Povoado dos gestos de sonho de amor,
Beijos secretos d'um veludo acolhedor;
Jamais saberia por onde me refazer!
Sem o misterioso livro do teu ser vivo
Esboroariam as cores; em rumo perdido;
A poesia não teria a mesma flama ardida!
Sem tua mística aurora mais-que-nascente,
Eu iria dilacerar todas as minhas carnes
E só enxergaria o anelo do sol poente...
Bruno Borin
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