Preciosos são os tesouros
Dos frutos do pensamento;
Esse tear cheio de agouros
Que se constrói de remendos.
E dos longes lares hiperbóreos
Ou dos mais ínferos abismos
Se compõe. Em licores áureos
Ou ressacas de erros e achismos.
Seu boulevard; a estranha e vil
Memória, o prende em corredores
De ilusões e escadas de temores;
Suas vestes são: a luz da virtude
Ou as sombras fartas de dúvidas;
E quem o abriga é a infinita solitude.
Bruno Borin
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