segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O grito das fúrias


Com a alma prostrada em preocupações
Deleito-me com o grito da Fúria
Composta de toda a infame centúria 
Das pequenas e acumuladas incomodações

De mansa quietude, a Natureza
Flui em cascata, para densa melancolia,
Urdindo as corrupções da incerteza,
Propagadas nesta incólume ventania

Dos frutos destes estranhos sentimentos
Não consigo decifrar, sob os olhos rancorosos
Destas Fúrias de rapina, o paladar rançoso

Das rupturas momentâneas dos meus sacramentos,
Tingidos com a cor destes gritos pavorosos
E com o timbre da alma desconsolada e ruidosa! 

Bruno Borin

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