sexta-feira, 4 de julho de 2014

Soneto conflituoso

Aos poucos vou deixando de ouvir
Vou deixando de lado a minha voz
Vai luzindo chinfrim até bem palir
Embaçando, da magia a minguada foz

Vai sumindo, vai zunindo devagarinho
Feito cheiro de chuva, poucos dias após
Até mal restar o malgrado do burburinho 
Daquele clima ruim despejado à grós

Nos conflitos, nos questionamentos
Que marinam sem páprica até explodir
Estragando a receita da casa até confundir

Todos os sabores e nada restar dos condimentos,
Povoando de vozes inssossas a cozinha, a consentir
Os paladares apregoados de impropérios a desferir.

By: Bruno

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