quinta-feira, 10 de julho de 2014

Criação

Crio como se nada houvera
mas sigo observando como se tudo fosse
a inexorável curvatura da Terra
onde tudo acontece e tudo me comove
e do meu espaço, crio a pura expressão
das mudanças que assisto tão enternecido
navegando por espaços de contemplação,
esperando a metafísica me atingir da cadeira
de onde assisto os meus queridos mistérios
até que, um a um, como aparelhos tecnológicos
vão se assentando na grande montra
de meus olhos solsticiais, nada preparados
onde se imprimem divergências cognitivas
e estas cognições podem se misturar, marejadas
no ruído longínquo e próximo;
emaranhado de símbolos e pilares ignotos
que penso corresponder à minha alma.

By: Bruno

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