sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Refração


Durante à noite, sob os sóis que me inundavam a face
Vi meu rosto no espelho de meu espírito,
Estático como o voo sem rito,
Dos pássaros urbanos em seu predestinado enlace.

Toda vez que me perco no montante de minhas cores
Eu penso em ti e meu convívio com as flâmulas é afastado
Como se não fosse mais à minh'alma, abastado,
O fogo que martelava em minhas pupilas, o ardor das dores

De um mundo quiméricamente melodioso, e que me configurava
A ponto de amalgamar o reino avulso da corrosão... 
Que sou eu senão linguagem? As vogais ébrias, serpenteavam; 
O que eu sabia ser, impetrou assim, sua arguição!

O sonho em que vivo hoje deveras, é a realidade
E não uma eternidade premeditada por degraus ilusionais,
Contingentes das profanidades fantásticas e sazonais
As quais me prendia sem me importar com a materialidade

Da minha vida, máquina cosmogônica de sensações
Relativas à ti, amorosamente conectadas,
Saborosamente puras, como camélias desabrochadas,
E não sol da noite, vasto em adorações.

By: Bruno

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