domingo, 3 de fevereiro de 2013

A marcha


Os impávidos soldados de terracota em seus tempos áureos
Tempos de exímia pontaria, tempos de sangue e medo
Combateram fervorosamente hordas de mongóis, em seu enredo
Magnânimo e mágico, hoje mero souvenir, guardado como em todo antiquário

Corbertos seus dorsos com a seda mítica e profana
Faziam pesar sobre o inimigo a fulgurante mão da derrota
E quando jogavam o olhar frio sobre o campo de batalhas ignotas
Não sentiam sequer dos humores a treva ufana

Continuavam em sua marcha instintiva
Procurando saciar a eterna sede de suas espadas
Passo por passo sem emitir qualquer sinal expressivo

De arrependimentos, muito menos temendo o abismo horrendo
Que os transformou em um monumento tão celebrado
Quanto a glória vã daqueles que acabaram por suas mãos morrendo.

By: Bruno.

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