domingo, 27 de novembro de 2011

Dir-se-ia

Dir-se-ia os minutos que passam depressa
Refletindo a palidez do passado que se esquece
Imitando por muita vez a formosura do sonho que regressa
Subtraído do ID que sempre desobedece

Dir-se-ia os olhares que se cruzam
Para nunca acontecer novamente
Sutil movimento enquantos corações passeiam
Que o acaso os mostra nobremente

Dir-se-ia o mal que nos torce
À caminho de casa mas não é percebido
Rápidamente se apoderam do espírito dormido
Muita vez por satisfação torpe

Dir-se-ia pluviosê a afogar as terras
Aguando as ramagens secas
Afastando as arribações cerranas
Arranhando as rudes janelas mundanas

Dir-se-ia os desejos não cumpridos
Ao pé da cova semeando ruindade
Afagando a moral rompida
Sobrepondo-se a maldade

Dir-se-ia com tristonha voz
De fantasma friorento
O calor da vida em apodrecimento
Consumida por uma saudade atroz

Do tempo menino
Ou do amor perdido.

By: Bruno

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