sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O descaso das auroras



Da perspectiva das imprecações guardadas no ar
E dos sons que se despedaçam dos rochedos e regatos,
Impressões de espessura se resguardam do nefasto
Ofício de existir, a sede das aparências quebrantam como mar.

Sob a forma humana, na objetividade do tanto sentir
Tento adivinhar qual sabor a se escandir,
Que se oculta sob a almiscarada relva do encanto,
Pouso do interesse e do mascarado pranto.

Na boreal concepção, um frêmito desconsolado
Reúne as visões colhidas pelos círios 
Dos olhos, na memória, errantes lírios
Florescendo-os no imenso prado desventurado

Da imaginação, que jorra sangue e langor 
Onde imagens e sons se confundem no perfume 
Da fantasia, alimentando o inevitável lume
Fraco e decadente, da vida em seu máximo palor

A brisa se debruça sobre estas visões de áureos lauréis
E misto se torna o cenário, do qual somos todos reis
O sol nos resvala a retina apontada ao ideal fantástico
E descartamos o real em nome de um céu puro e estático!

By: Bruno

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